Durante os encontros do grupo, fico feliz ao notar que as mulheres que aqui chegam, não são mais assustadas e desinformadas a cerca do parto e nascimento. Elas chegam a cada dia mais conscientes e esclarecidas. O resultado de tanta informação e empoderamento, está gerando uma certa insegurança na classe médica. Percebo uma unanimidade nos obstetras daqui, quando se incomodam com as questões que elas propõem, ou quando acabam falando absurdos para ver se revertem a situação. Hoje, não adianta mais falar de pouco líquido, ou de ausência de dilatação fora do trabalho de parto, ou de placenta envelhecida. Agora eles pegam pesado, e falam que quando não é feita episiotomia, a mulher pode ficar tão destruída, que nunca mais voltará ao normal, que se o bebê nasce num parto sem intervenção, corre o risco de nem ter um pediatra por perto. Eles afirmam que as equipes humanizadas são muito fofas e lindas, mas que não se preocupam com os riscos do parto e com a saúde e integridade da mãe e do bebê. Falam isso, de forma velada, nas entrelinhas, geralmente amedrontam e assustam a mulher que já tomou a sua decisão. Costumam dizer que há doulas por ai atendendo partos e provocando hemorragias em mulheres. Se isso acontece, não é por aqui. Aqui trabalhamos com atenção, responsabilidade e respeito, e com certeza o índice de complicações é bem menor que as ocasionadas pelas cesáreas agendadas que eles continuam fazendo, pelas episiotomias que são de difícil recuperação, pelo tempo que mãe e bebê passam separados mesmo após o parto normal. Obstetras de Araraquara, procurem passar mais tempo estudando e trabalhando com evidências científicas, do que fazendo fofoca e desrespeitando aqueles que buscam melhorar a qualidade de nascer. Pronto falei.
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