domingo, 29 de novembro de 2009

Parto da Luiza, nascimento da Olívia

Percebi a Luiza sempre muito desconfiada e cautelosa, era uma busca decidida e consciente, mas bem estudada e avaliada. Percebi que ela esteve na liderança até convencer o Lúcio, então alguma coisa aconteceu. Ela parecia cansada e pedindo apoio a ele por algum tempo. Então ela renovou sua força e continuou centrada naquilo que estava decidida a fazer. No começo sentia que ela se fechava em nossas conversas, não conseguia ver claramente os seus medos, mas logo ficou claro para mim que o medo era do fracasso, e quando vi o plano de parto desenhado, praticamente sem incluir a doulagem e o plano B, fiquei extasiada em saber que ela tinha conseguido, ela não precisava de mais nada, somente ser deixada em paz.


No dia do parto, encontrei uma Luiza radiante e decidida, sorriu pra mim e disse que o tp havia começado. Ficamos ali, conversando, tomando café, comendo biscoitinhos, enquanto ela rebolava na bola e brincava entre as contrações ainda bem leves. Algum tempo depois, a Jamile ligou, enquanto eu falava com ela, a bolsa da Luiza rompeu, e ela veio lá do quarto e quase não chegou ao telefone, tendo que se abaixar para receber a primeira contração mais forte depois do rompimento da bolsa. Fui para casa pegar as minhas coisas, e sugeri que ela fosse para o chuveiro. Busquei a Rô e voltamos para a casa da Luiza. Chegamos lá por volta de 16h30min, ela estava saindo do chuveiro e se aninhou no quarto enquanto recebia massagens do Antônio. Percebi que não queria ser tocada e ficamos por ali até a Jamile chegar. A Jamile chegou, escutou a Olívia, e ficamos esperando, enquanto a banheira era cheia. A Luiza ficou muito tranqüila e independente, solicitou a presença do Lúcio, e por um período, ela ficou no quarto com a Rô, pois achei desnecessário ficarmos em duas, uma vez que não estávamos sendo requisitadas. Por volta de 19h30min, a Jamile decidiu tocá-la e verificou a dilatação de oito cm, ela já estava começando a querer fazer puxos. Nós a ajudamos ir para a banheira e por lá ficamos, enquanto ela apenas sorria e conversava mansamente com a Olívia. Concentração e respiração eram tudo o que a Luiza era naquele momento. Praticamente não nos requisitou e finalmente começamos a ver a cabecinha da Olívia despontando por ali, enquanto a Jamile dizia pra que ela soprasse e respirasse devagar, sem pressa de expulsar o bebê. Foi um momento mágico, em que a Luiza dizia: - Vem Olívia, vem pra mamãe. Somente isso e muita paz, depois de muitos puxos, e muita calma, a Olívia veio e encontrou um mundo de paz e penumbra. Foi recebida pelo casal mais lindo que já vi em toda a minha vida, só existia amor ali naquele momento. O que ficou para mim desse primeiro parto domiciliar, foi a certeza de que somente em casa, uma família pode encontrar o êxtase absoluto da vida, e o agradecimento à Luiza e ao Lúcio, por partilharem conosco o resultado de um dos momentos mais íntimos da vida de um casal. O nascimento é o ponto culminante de uma relação de amor entre homem, mulher e Deus.






2 comentários:

Liu Paim disse...

vontade de viver tudo de novo!!!

Daisy Brazil disse...

Olá!

Vou ser mãe pela 3º vez e gostaria de comprar um piscina inflavel para realizar meu parto na agua, você poderia me informar onde posso adquirir uma, ficarei muito agradecida.

Fique com DEUS.

Daisy