terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MATERNIDADE OU PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÁXIMA?

Hoje tive  oportunidade de visitar uma pessoa que estava na maternidade. Logo na entrada, algo parecia não ter nenhuma característica de humanização. Dentro do prédio muito bem construído, ainda com cheiro de novo, muitas pessoas aguardavam o horário de visitas, inclusive os pais, que nessa maternidade, não são acompanhantes  também são visitas. Quando chegou o horário determinado pela carceragem, ou administração, cada um era obrigado a apresentar um documento de identidade no balcão, onde o nome e o os dados eram digitados e cujo programa não é capaz de armazenar, por isso a cada visita, você tem que fazer tudo de novo. Depois de conseguir receber a etiqueta de visitante, você corre logo para poder dar chance a outras pessoas da família, pois só é permitido uma visita de cada vez e durante duas horas. Enfim etiquetada, eu cheguei porta, onde uma guarda municipal armada, verifica se somos visitantes, ou terroristas. Finalmente chego o quarto da prisoneira, digo parturiente. Em nenhum quarto as mulheres estão com os seus acompanhantes, a lei não está sendo cumprida.  alegação é de que os quartos são coletivos. Não tem a lei afixada na parede, como deveria acontecer. Há sete anos o grupo de apoio vem lutando para melhorar as condições de nascimento aqui em Araraquara. Quando a antiga maternidade foi fechada parecia que nada mais poderia ser feito. Hoje, com a nova maternidade que foi inaugurada há menos de um ano, tenho  certeza de que pouca coisa poderá ser feita, pois modelos autocráticos e emburrecidos já estão enraizados e as pessoas que lá trabalham, se um dia tiveram com vontade de fazer diferente, ficaram com preguiça. Sabe quela preguiça de começar tudo de novo? Deixo aqui o meu protesto contra esta instituição que se preocupou em construir um belo prédio e não se preocupou em capacitar pessoas sensíveis.

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