segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Relato do nascimento do Caetano, escrito pelo orgulhoso pai

Meu parto Lucas Lima - 12 setembro 2010
Oi, amigos.
É com muita alegria que fugirei um pouco da temática deste blog para contar a extraordinária experiência que tive com o nascimento de meu filho Caetano, que veio ao mundo na madrugada deste dia 10 de setembro, às 3:40hs, nascido de parto domiciliar.
Desde a gravidez da Manuela, minha mulher sonhava em ter parto natural, mas este sonho precisou ser adiado depois que ela foi submetida a uma “desnecessária cesárea”. Desnecessária porque realmente não havia motivo para intervenção, apenas foi conveniente, hoje sabemos disso.
Não culpo o médico pela apressada cirurgia, ela foi um reflexo da falta de estrutura dos hospitais, que não mantêm obstetras de plantão. Não é à toa que minha cidade figura como uma das que mais fazem cesáreas do País, sendo que o índice de intervenções recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de apenas 15%.
Logo quando soubemos da segunda gravidez, nos apressamos em estudar as reais possibilidades de um parto natural. Conhecemos um grupo que luta por esse sonho. Aí começou nossa aventura.
A princípio parecia uma tremenda loucura a ideia de parto em casa, dentro da banheira, sem qualquer intervenção… mas com o tempo – e o estudo – fomos descobrindo que isso era possível e perfeitamente viável.
Não me interessa escrever aqui os prós e contras de nossa escolha, o que importa é que abraçamos a proposta e decidimos levá-la adiante. E isso foi maravilhoso.
Caetano começou a insinuar que queria vir ao mundo na manhã do dia 9. Logo as doulas chegaram em casa, em seguida as parteiras. Começou nossa espera.
Desligamos o telefone e a campainha. Durante as horas que se seguiram, almoçamos, jantamos, rimos, ao compasso das contrações. A banheira foi instalada em nosso quarto, água quentinha, quarto escuro, tudo numa paz tremenda, como devia ser.
Por incrível que pareça, quem ficou tenso ao final do trabalho de parto fui eu, enquanto que minha mulher, totalmente decidida, não pestanejou nem um momento. O suporte emocional que as doulas e as parteiras nos proporcionaram foi sem igual.
Nosso filho nasceu com 3,750kg, forte e saudável. Eu cortei o cordão umbilical.
Foi um dos momentos mais incríveis da minha vida.
Há quem diga que a cesárea é a melhor forma trazer uma criança ao mundo, eu não acho. Vivenciei de perto as duas maneiras e nada se compara à recuperação e satisfação que um parto natural traz. Taí a foto que não me deixa mentir. Minha mulher Lilian com Caetano no colo, tirada horas depois do nascimento.
Bem-vindo, filho, o mundo está aí, esperando seus primeiros passos.




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